No brincar as crianças expressam sua leitura de mundo,
enquanto brincam revivem situações do cotidiano, tentando dar sentido a essas
situações. Revivem sentimentos de alegria, ansiedade e medo. Assim estando em
conflito de situações usam da brincadeira para se "regular". Segundo Eriksom (1963), por meio do
nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro.
O brincar acontece em todo o mundo, em qual quer lugar há uma criança brincando com galhos,
barcos e aviões de papel, dançando, criando sons com diversos materiais. Cada
brincadeira, mesmo que semelhantes entre si, sofre a influência da sociedade em
que a criança está inserida. Então podemos pensar que se por se encontrarem e
começarem a brincar uma poderá influenciar a outra, assim enriquecendo a
brincadeira.
Esta interação entre a criança com outras crianças, crianças com
adultos e com meios diferenciados, são de extrema importância para seu
desenvolvimento, pois, promovem a troca de aprendizado e principalmente,
desenvolvem a linguagem oral e corporal. O brincar faz parte da criança, tem o
papel de facilitador do processo de ensino aprendizagem, pois, não é imposto de
maneira a ter regras ou pressões externas. A brincadeira envolve a criança e a
faz imaginar, criar e explorar e/ou conhecer diversos materiais e ambientes.
Como a brincadeira é o primeiro contato com a
vida social, desenvolve a linguagem, começando a ser inseridas
as regras de "convivência" expressar emoções e saber como o fazer
diante delas é um dos grandes desafios para as crianças, então o papel do
professor com uma boa mediação é fundamental.
É importante que o professor esteja atento e observe as diferentes
maneiras do brincar infantil, para que entenda a criança como ela é, para que
incentive, estimule e valorize o seu
desenvolvimento. Percebendo num espaço
coletivo, a valorização do corpo, mente, amizades e descobertas. Através
do brincar a criança tem a oportunidade de “experimentar” situações de vida
real. Neste sentido, o brincar algumas vezes é utilizado nos espaços
educacionais como uma ferramenta para orientar e estruturar suas práticas na orientação
para a vida adulta. Quando brinca a criança faz
uma imagem de si, ela usa o faz de conta como ferramenta para as experimentações.
É um modo de fazer e ser o que quiser, de varias formas. Acreditamos que o mais
interessante da brincadeira é vivenciar, sorrir e descobrir.
Estas práticas devem fazer parte do contexto de vida das crianças, elas devem
ter um propósito, não esquecendo de respeitar suas etapas de desenvolvimentos, habilidades
e possíveis realidades.
Se a educação infantil promover essa ideia, brincar com propósito
e levando as crianças a se sentirem bem, obteremos um currículo de mais
qualidade que entenderá a criança como integrante de uma sociedade e portanto agente
transformador da mesma.
Referência:
MOYLES, Janet R.
A excelência do brincar/ Janet R.
Moyles;tradução Maria Veronese.
- Porto Alegre:Art med,2006.
248p.
http://www.pelodireitodesercrianca.com.br/biblioteca
Acadêmicas: Cristina Corrente, Maria Helena Pivato da Silva e Priscila Maria de Souza.
Ótimo texto!
ResponderExcluirEnquanto educadoras, sabemos da importância do brincar, mas sempre é bom discutir sobre este assunto; afinal, de acordo com as nossas últimas aulas de "Linguagem e Ludicidade na Infância", brincar, brinquedo, jogos... são conceitos diferentes que precisamos estudar profundamente.
Brincar é direito das crianças, e precisa ser a sua atividade principal. Brincando a criança aprende sua cultura, interage, troca experiências e saberes, compartilha, questiona, toma decisões, usa seu corpo e sua imaginação!
ResponderExcluirHá muito a relatar sobre a importância do brincar, nós, enquanto pedagogas precisamos estar cientes e reconhecer a brincadeira como meio da criança se expressar, aprender, e se desenvolver. Oferecendo tempo, espaço, condições de que ela aconteça.
"O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela criança, dá prazer, não exige, como condição, um produto final, relaxa, envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz no mundo imaginário." (KISHIMOTO, s.d., p. 1)
Abraços, Talita.