terça-feira, 1 de maio de 2012

A importância do brincar...

 
   No brincar as crianças expressam sua leitura de mundo, enquanto brincam revivem situações do cotidiano, tentando dar sentido a essas situações. Revivem sentimentos de alegria, ansiedade e medo. Assim estando em conflito de situações usam da brincadeira para se "regular". Segundo Eriksom (1963), por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro.
   O brincar acontece em todo o mundo, em qual quer  lugar há uma criança brincando com galhos, barcos e aviões de papel, dançando, criando sons com diversos materiais. Cada brincadeira, mesmo que semelhantes entre si, sofre a influência da sociedade em que a criança está inserida. Então podemos pensar que se por se encontrarem e começarem a brincar uma poderá influenciar a outra, assim enriquecendo a brincadeira.
   Esta interação entre a criança com outras crianças, crianças com adultos e com meios diferenciados, são de extrema importância para seu desenvolvimento, pois, promovem a troca de aprendizado e principalmente, desenvolvem a linguagem oral e corporal. O brincar faz parte da criança, tem o papel de facilitador do processo de ensino aprendizagem, pois, não é imposto de maneira a ter regras ou pressões externas. A brincadeira envolve a criança e a faz imaginar, criar e explorar e/ou conhecer diversos materiais e ambientes.

   Como a brincadeira é o primeiro contato com a vida  social, desenvolve a linguagem, começando a ser inseridas as regras de "convivência" expressar emoções e saber como o fazer diante delas é um dos grandes desafios para as crianças, então o papel do professor com uma boa mediação é fundamental.

É importante que o professor esteja atento e observe as diferentes maneiras do brincar infantil, para que entenda a criança como ela é, para que incentive, estimule e valorize o seu  desenvolvimento. Percebendo num espaço coletivo, a valorização do corpo, mente, amizades e descobertas. Através do brincar a criança tem a oportunidade de “experimentar” situações de vida real. Neste sentido, o brincar algumas vezes é utilizado nos espaços educacionais como uma ferramenta para orientar e estruturar suas práticas na orientação para a vida adulta. Quando brinca a criança faz uma imagem de si, ela usa o faz de conta como ferramenta para as experimentações. É um modo de fazer e ser o que quiser, de varias formas. Acreditamos que o mais interessante da brincadeira é vivenciar, sorrir e descobrir.
Estas práticas devem fazer parte do contexto de vida das crianças, elas devem ter um propósito, não esquecendo de respeitar suas etapas de desenvolvimentos, habilidades e possíveis realidades.
Se a educação infantil promover essa ideia, brincar com propósito e levando as crianças a se sentirem bem, obteremos um currículo de mais qualidade que entenderá a criança como integrante de uma sociedade e portanto agente transformador da mesma.


Referência:

MOYLES, Janet R.
A excelência do brincar/ Janet R. Moyles;tradução Maria Veronese.
- Porto Alegre:Art med,2006. 248p.


http://www.pelodireitodesercrianca.com.br/biblioteca

Acadêmicas: Cristina Corrente, Maria Helena Pivato da Silva e Priscila Maria de Souza.

2 comentários:

  1. Ótimo texto!
    Enquanto educadoras, sabemos da importância do brincar, mas sempre é bom discutir sobre este assunto; afinal, de acordo com as nossas últimas aulas de "Linguagem e Ludicidade na Infância", brincar, brinquedo, jogos... são conceitos diferentes que precisamos estudar profundamente.

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  2. Brincar é direito das crianças, e precisa ser a sua atividade principal. Brincando a criança aprende sua cultura, interage, troca experiências e saberes, compartilha, questiona, toma decisões, usa seu corpo e sua imaginação!

    Há muito a relatar sobre a importância do brincar, nós, enquanto pedagogas precisamos estar cientes e reconhecer a brincadeira como meio da criança se expressar, aprender, e se desenvolver. Oferecendo tempo, espaço, condições de que ela aconteça.

    "O brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela criança, dá prazer, não exige, como condição, um produto final, relaxa, envolve, ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz no mundo imaginário." (KISHIMOTO, s.d., p. 1)

    Abraços, Talita.

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