quarta-feira, 25 de abril de 2012

Relato de experiência

Trabalhei com uma turma de 2 a 3 anos no CEI Emilia Pisque, onde a partir do perfil da turma foi desenvolvido um projeto “CONSTRUÇÕES”.
O objetivo deste projeto era que as crianças tivessem contato com material inacabado (madeira, cones, argila, massinha, legos, copo descartável, caixa de papelão, tecido, etc.), onde através da exploração e mediação dos professores as crianças construíssem o que seu próprio brinquedo e brincadeira.
No inicio muitos não tinham repertório de construção e a partir das mediações das professoras, mostrando as diversas possibilidades de construções, as crianças criavam e recriavam novas construções (castelos, prédios, carrinho, pista de carrinho, bolo de aniversário, microfone, trombeta, tambor, super óculos, cama para boneca, etc.).
Aqui estão algumas fotos de construções:


Equipe 6- Brincadeiras: Ermelinda, Karina, Daiane, Deise e Adriane

terça-feira, 24 de abril de 2012

Espaços na Educação Infantil


Os Espaços na Educação Infantil influenciam diretamente o aprendizado das crianças, com isto, há muitos estudos e propostas que trabalham na organização dos Espaços e a exploração do mesmo pelas crianças. A proposta que seguirá em discussão é a de Reggio Emilia.
Essa proposta surgiu na Itália após a Segunda Guerra Mundial, porque a preocupação iniciou pelo fato de precisarem reconstruir a vida e a dos seus filhos, portanto, as mães da pequena cidade de Reggio Emilia construíram uma escola com uma proposta inovadora, que hoje é reconhecida em todo mundo.
Nesta proposta pedagógica todos fazem parte, todas as pessoas que estão dentro da Educação Infantil e a comunidade. As crianças são autônomas dentro dos espaços, elas definem o que querem estudar e os professores mediam os interesses por elas apresentado.
Pelo fato das crianças escolherem o que desejam estudar, foram planejados os Espaços. Nestes Espaços as crianças organizam ambientes com os materiais que gostariam de trabalhar, por exemplo: um espaço com carrinhos, outro com materiais para pintura, outro com bonecas, entre outros. Estes espaços devem ser modificados com frequência, porém a criança será o sujeito que irá alterar este espaço de acordo com os interesses dela. Além disto, os espaços devem favorecer a interação social das crianças, a exploração e a aprendizagem. Estes espaços possibilitam o diálogo aberto entre o professor e a criança, podendo analisar as necessidades que as crianças apresentam e o processo de ensinoaprendizagem.
Trazendo toda esta teoria para prática queremos relatar aqui a experiência do estágio anterior realizado na cidade de Gaspar que aborda esta proposta de Reggio Emilia. Em relação aos espaços conseguimos herdar grandes conceitos elaborados a partir destes espaços educacionais. Alguns deles analisados fazendo conexão com as linguagens da Educação Infantil foram:
  • ·         Área de blocos: Permite principalmente utilizar a linguagem matemática, utilizando muitos materiais reciclados.
  • ·         Área da Casa: Configura-se pela importância do jogo simbólico/ faz de conta.
  • ·         Área de Artes: Estimula a criatividade das crianças através da diversidade dos materiais.
  • ·         Área de jogos: Lugar de atividades mais repousadas, de jogos estáticos, livros entre outros.
  • ·         Área externa: Brincadeiras entre os eixos das linguagens, destacando desafios motores e o contato direto com os elementos da natureza.
O que mais nos chamou atenção foi a área da casa que foi criada por toda a equipe do C.D.I com caixas de leites usadas, mobilizando todos em equipe para sua construção. Como vivenciamos esta etapa de construção, conseguimos acompanhar o quanto foi importante para as crianças e quão satisfatório foi sua conclusão para finalmente poder brincar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012


JOGO PARA VYGOTSKI, PIAGET E WALLON


PIAGET 

Para Piaget (1978) as origens das manifestações lúdicas acompanham o desenvolvimento da inteligência vinculando-se aos estágios do desenvolvimento cognitivo. Cada etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos.
a) O jogo de exercício
Representa a forma inicial do jogo na criança e caracteriza o período sensório-motor do desenvolvimento cognitivo. Manifesta-se na faixa etária de zero a dois anos e acompanha o ser humano durante toda a sua existência — da infância à idade adulta. A característica principal do jogo de exercício é a repetição de movimentos e ações que exercitam as funções tais como andar, correr, saltar e outras pelo simples prazer funcional.
 b) O jogo simbólico
Tem início com o aparecimento da função simbólica, no final do segundo ano de vida, quando a criança entra na etapa pré-operatória do desenvolvimento cognitivo. Um dos marcos da função simbólica é a habilidade de estabelecer a diferença entre alguma coisa usada como símbolo e o que ela representa seu significado.
 c) O jogo de regras
Constituem-se os jogos do ser socializado e se manifestam quando, por volta dos 4 anos, acontece um declínio nos jogos simbólicos e a criança começa a se interessar pelas regras. Desenvolvem-se por volta dos 7/11 anos, caracterizando o estágio operatório-concreto.

WALLON

Para Wallon, o fator mais importante para a formação da personalidade não é o meio físico, mas sim o social. O autor chama a atenção para o aspecto emocional, afetivo e sensível do ser humano e elege a afetividade, intimamente fundida com a motricidade, como desencadeadora da ação e do desenvolvimento da ação e do desenvolvimento psicológico da criança.
Para o autor, a personalidade humana é um processo de construção progressiva, onde se realiza a integração de duas funções principais:
  • A afetividade, vinculada à sensibilidade interna e orientada pelo social;
  • A inteligência, vinculada às sensibilidades externas, orientada para o mundo físico, para a construção do objeto.
Wallon enfoca a motricidade no desenvolvimento da criança, ressaltando o papel que as aquisições motoras desempenham progressivamente para o desenvolvimento individual. Segundo ele, é pelo corpo e pela sua projeção motora que a criança estabelece a primeira comunicação (diálogo tônico) com o meio, apoio fundamental do desenvolvimento da linguagem. É a incessante ligação da motricidade com as emoções, que prepara a gênese das representações que, simultaneamente, precede a construção da ação, na medida em que significa um investimento, em relação ao mundo exterior.
 Na concepção de Wallon, infantil é sinônimo de lúdico. Toda atividade da criança é lúdica, no sentido que se exerce por si mesma antes de poder integrar-se em um projeto de ação mais extensivo que a subordine e transforme em meio.
Deste modo, ao postular a natureza livre do jogo, Wallon o define como uma atividade voluntária da criança. Se imposta, deixa de ser jogo; é trabalho ou ensino.
 Wallon, ao classificar os jogos infantis, apresenta quatro categorias:
a) Jogos funcionais
Caracterizam-se por movimentos simples de exploração do corpo, através dos sentidos. A criança descobre o prazer de executar as funções que a evolução da motricidade lhe possibilita e sente necessidade de pôr em ação as novas aquisições, tais como: os sons, quando ela grita, a exploração dos objetos, o movimento do seu corpo. Esta atividade lúdica identifica-se com a “lei do efeito”. Quando a criança percebe os efeitos agradáveis e interessantes obtidos nas suas ações gestuais, sua tendência é procurar o prazer repetindo suas ações.
 b) Jogos de ficção
Atividades lúdicas caracterizadas pela ênfase no faz-de-conta, na presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e a criança assume papéis presentes no seu contexto social, brincando de “imitar adultos”, “casinha”, “escolinha”, etc.
 c) Jogos de aquisição
Desde que o bebê, “todo olhos, todo ouvidos”, como descreve Wallon, se empenha para compreender, conhecer, imitar canções, gestos, sons, imagens e histórias, começam os jogos de aquisição.
 d) Jogos de fabricação
São jogos onde a criança se entretém com atividades manuais de criar, combinar, juntar e transformar objetos. Os jogos de fabricação são quase sempre as causas ou consequências do jogo de ficção, ou se confundem num só. Quando a criança cria e improvisa o seu brinquedo: a boneca, os animais que podem ser modelados, isto é, transforma matéria real em objetos dotados de vida fictícia.

VYGOTSKY

A partir de suas investigações sobre o desenvolvimento dos processos superiores do ser humano, Vygotsky apresenta estudos sobre o papel psicológico do jogo para o desenvolvimento da criança.
O autor enfatiza a importância de se investigar as necessidades, motivações e tendências que as crianças manifestam e como se satisfazem nos jogos, a fim de compreendermos os avanços nos diferentes estágios de seu desenvolvimento.
Caracterizando o brincar da criança como imaginação em ação, Vygotski elege a situação imaginária como um dos elementos fundamentais das brincadeiras e jogos.
Segundo Vygotsky, o brinquedo que comporta uma situação imaginária também comporta uma regra relacionada com o que está sendo representado. Assim, quando a criança brinca de médico, busca agir de modo muito próximo daquele que ela observou nos médicos do contexto real. A criança cria e se submete às regras do jogo ao representar diferentes papéis.
Para Vygotsky, a brincadeira se configura como uma situação privilegiada de aprendizagem infantil, à medida que fornece uma estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência.
Outro aspecto evidenciado pelo estudioso é o papel essencial da imitação na brincadeira, na medida em que, inicialmente, a criança faz aquilo que ela viu o outro fazer, mesmo sem ter clareza do significado da ação. À proporção que deixa de repetir por imitação, passa a realizar a atividade conscientemente, criando novas possibilidades e combinações. Dessa forma, a imitação não é considerada uma atividade mecânica ou de simples cópia de modelo, uma vez que ao realizá-la, a criança está construindo, em nível individual, o que nos observaram outros.
É, portanto, na situação de brincar que as crianças se colocam questões e desafios além de seu comportamento diário, levantando hipóteses, na tentativa de compreender os problemas que lhes são propostos pela realidade na qual interagem. Assim, ao brincarem, constroem a consciência da realidade e, ao mesmo tempo, vivenciam a possibilidade de transformá-la.
Fazendo referência à característica de prazer, presente nas brincadeiras, Vygotsky afirma que nem sempre há satisfação nos jogos, e que quando estes têm resultado desfavorável, ocorre desprazer e frustração.

Equipe: Ana Paula, Gislaine Petris, Maristela e Morgana
Olá!
 
Para saber um pouco mais quanto ao conceito de psicomotricidade, que tal assistir a um pequeno vídeo?

http://www.youtube.com/watch?v=h1k4j1Hi-rA

Clicando neste link, você terá acesso ao vídeo "Psicomotricidade (concepções)", ressaltosainda, que por conter frases com letras pequenas, você o assista na opção "tela inteira". 

Equipe: Ana Paula, Gislaine Petris, Maristela e Morgana

Vídeo - Psicomotricidade (Jogo - Exercício e Simbólico)

Equipe: Ana Paula, Gislaine Petris, Maristela e Morgana

Mas afinal o que é Psicomotricidade?

 

"A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.

Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio."

Estas citações foram retiradas do texto: Psicomotricidade na educação infantil: Desenvolvendo capacidades, no site: http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=9

O mesmo deve ser conferido na íntegra, pois nos faz refletir do quanto o movimento deve ser explorado na educação infantil!

Logo abaixo, inserimos uma seleção de 17 imagens que nos permitem refletir sobre este "movimento" ao qual estamos nos referindo, que vai muito além de deixar as crianças correrem, pois tem como objetivo explorar todas as suas capacidades:

 

 A psicomotricidade explora vários tipos de jogos e movimentos, 
inclusive, os jogos de acoplagem (ou de construção), pois estes também 
permitem a criança a criar e se divertir, interpretando e se 
relacionado com o mundo aonde vivem...
...exercitam o equilíbrio...

...estimulam o corpo em sua integralidade, sendo assim, atividades escritas, desenhos, entre outros, 
também proporcionam o desenvolvimento.
(mas precisamos estar atentos as formas como estas atividades são conduzidas!)
A psicomotricidade também atenta para a criação de desafios...

...superação de medos...
 
...tendo sempre a intervenção e orientação de um profissional qualificado.
 
 Este profissional, está sempre inventando novos meios de lidar com todos os tipos de público, pois compreende a importância do movimento desde a infância...

  
...até a velhice.
E quanto aos recursos, este profissional...
 

... usa o que está ao seu alcançe e sempre se supera, vendo todos ao seu redor, fazendo o mesmo!

Após estas reflexões, o que precisamos mudar em nossas práticas e concepções?


Equipe: Ana Paula, Gislaine Petris, Maristela e Morgana

Psicomotricidade

 

Olá pessoal!

Para tornar seu final de semana, ainda mais interessante, dê uma olhada nas postagens relacionadas a psicomotricidade:
Primeiramente, indicamos a visita ao site da Associação Brasileira de Psicomotricidade (http://www.psicomotricidade.com.br/index.htm) que está repleta de informações e artigos valiosos que nos auxiliarão em nossa prática educativa e ampliarão nosso conhecimento nesta área da educação. Afinal, a psicomotricidade possui grande importância no desenvolvimento de toda criança (e adulto!).

Abraço a todos(as), 

Ana Paula, Gislaine Petris, Maristela e Morgana

domingo, 15 de abril de 2012

Sofia Batuta apresenta: Catarina Maçaroca

Sofia Batuta apresenta: Catarina Maçaroca

 O coletivo musical Sofia Batuta surgiu em 2007, quando os músicos blumenauenses Ana Russi e Darlan Dias uniram forças para tocar nos bares do Vale do Itajaí. Seus shows logo de início agradaram ao público, devido à escolha delicada do repertório e também o compromisso da banda com este belo patrimônio humano, que é a música: em todos os shows, o Sofia Batuta sempre fez questão de destacar as histórias que permeiam o repertório e a vida de seus respectivos compositores. O Sofia Batuta sempre se denominou "coletivo musical", o que se justifica pelo longo histórico de parcerias com músicos diversos de Blumenau. A atual formação conta com a produtora Josiele Lahorgue, além de Ana Russi (voz / violão), Darlan Dias (bateria / percussão) e Jurian Sutter Silveira (violões / contrabaixo / sopros). Projeto SOFIA BATUTA apresenta: Catarina Maçaroca Em outubro, o grupo teve o projeto Sofia Batuta Apresenta "Catarina Maçaroca" aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura de Blumenau. Este projeto consiste na circulação de um espetáculo musical por cinco bairros de Blumenau, apresentando músicas que retratam a cultura catarinense. A gravação destes shows vai integrar um DVD pedagógico sobre a cultura musical catarinense, a ser distribuído gratuitamente em escolas e outros espaços públicos da cidade.

 As canções interpretadas no show abordam aspectos folclóricos e históricos de nosso estado, incluindo desde canções tradicionais, até composições de grupos musicais de Santa Catarina que expressam a cultura popular. Também inclui artistas que se apropriam de elementos da produção musical nacional para (re)criar gêneros que influenciam o cenário artístico do estado. Toda esta sonoridade é temperada com um belíssimo cenário - produzido por artistas locais - e com uma boa conversa. Seja bem-vindo, embarque no Catarina Maçaroca e conheça a riqueza cultural de nosso estado!

Fonte:
Grupo Sofia Batuta
Projeto Catarina Maçaroca


 


Neste sábado dia 14 de abril, fomos visitar o Museu de Hábitos e Costumes, localizado na cidade de Blumenau. Com essa visita foi possível perceber as mudanças culturais e históricas e que tanto influenciam nas concepções educacionais que adotamos atualmente.

Agradecemos a Profª Lilian pela oportunidade de ampliação de repertório que conseguimos construir nesta manhã.

Mais informações sobre o Museu de Hábitos e Costumes:
Localizado no antigo casarão do Comércio de Gustav Salinger, no início da Rua 15 de Novembro, 25 - Blumenau / SC.
Horário: 3ª a 6ª das 9 às 17 horas
Finais de semana das 10 às 16 horas

Contato
Telefone: 47 3326.8049
E-mail: museudafamiliacolonial@fcblu.com.br



Para refletir deixo o seguinte artigo da Profª Maria Cristina dos Santos:


Ampliação do repertório cultural

Maria Cristina dos Santos
Costumo dizer que ninguém pode dar aquilo que não tem, sendo assim, quanto mais variado for o repertório cultural do professor, mais criativas podem ser as relações a serem feitas em sala de aula; linguagens artísticas permitem ampliar o entendimento de temas diversos.
“Se um professor possui um repertório cultural pobre, sua prática docente será mais pobre.” É com essa fórmula direta que a pesquisadora Monique Andries Nogueira exemplifica os resultados de uma lacuna na formação do professor brasileiro: a falta de uma bagagem artística e cultural consistente, capaz de estabelecer em sala de aula relações entre o conteúdo programático e as artes plásticas, o cinema, a música, a dança, a literatura – as artes em geral, enfim – de modo a revelar as convergências ou similaridades entre os percursos da história do pensamento e da expressão humanos.
“Quase ninguém deixa de reconhecer a importância de uma boa formação cultural, mas esse tema não aparece nas reformas curriculares dos cursos universitários”, afirma. Para a pesquisadora, o professor com formação cultural mais ampla evolui em dois níveis, com ganhos não só em sala de aula, mas também de ordem pessoal. “Cobra-se muito o domínio do conteúdo, o que é natural, mas não a formação cultural, que considero primordial”, afirma.
Segundo Pricilla, da UFSC, especialmente na área em que ela atua, a educação infantil, o professor com maior repertório faz uma leitura mais crítica da realidade e possui uma formação humana mais ampla, capaz de estimular a produção simbólica nas crianças. “Como considerar na criança e propor a ela aquilo que não faz parte do seu próprio acervo?”, questiona. Por isso ela vê a necessidade premente da instauração de políticas públicas nessa área e de uma proposta de formação que considere “o sensível e o inteligível”. “A formação estética deveria fazer parte do currículo, embora só estar presente não garanta nada. Hoje há a disciplina de ‘arte’, mas é por um período muito curto”, ressalta.
 
http://paraalmdocuidar-educaoinfantil.blogspot.com.br/2010/04/ampliacao-do-repertorio-cultural.html
 
Bom final de semana!!!
 
Jennifer

domingo, 8 de abril de 2012

Para os envolvidos com crianças pequenas e a discussão das datas comemorativas...



Pode parecer estranho para os que estão chegando, tanto para os pais novatos quanto para os educadores iniciantes e muito mais para educadores experientes que atuam nos espaços educativos que vivenciam as datas efêmeras por muitos anos nos seus planejamentos. Brincar, provocar a imaginação e ao mesmo tempo experimentar não comemorar a Páscoa, o dia das mães, dos pais e outras datas comemorativas nos espaços educativos é um movimento de construção e inicialmente desafiador...


Mas, podemos começar a explicar, dialogar. Compreendendo que“Ser capaz de imaginar é ser capaz de ser livre das aparências convencionais” (Sutton-Smith 1998. pp. 10-11). Busca que os espaços tenham uma proposta que promova, amplie e aproxime a produção cultural para as crianças com qualidade, de seus familiares, de grupos sociais que possam interessar. Privilegia-se festejar aquilo que se está pesquisando, que faça sentido para as crianças, o grupo e não o que está estabelecido no calendário religioso, cívico e muito menos comercial. Assim, a ideia inicial não é impedir que crianças não se socializem ou não se familiarizem com as convenções de seu tempo e lugar, mas, que pensemos em meios de assegurar e acompanhar esses movimentos sugerindo, estimulando e desenvolvendo sempre a imaginação, a criação das crianças. Acreditamos ser importante para a criança todo conhecimento adquirido, vivido, construído e não simplesmente reproduzido. 



No decorrer de incontáveis anos muitas convenções e invenções sociais ecoaram fortemente com seus padrões sonoros, imagens repetitivas, estereotipadas, histórias estruturadas e organizadas foram algumas das ferramentas que ajudaram a manter a ideia estável de significado destas comemorações. A preparação de comemorações/festividades deve acontecer em momentos diferentes de situações/significativas, de tempos e espaços, de avaliação e retorno do trabalho realizado.

Assim, a páscoa, sendo uma festa religiosa importante para vários grupos, pode ser objeto de roda de conversa estruturada em aspectos vinculados aos projetos de construção e investigação, mas, não deverá assumir maiores dimensões, nem tomar outros espaços que capture a imaginação e limite as crianças às práticas convencionais de todos os tempos (sem sentido) e estéreis dentro do itinerário educativo. Posteriormente outras datas devem ser dada a atenção necessária e questionadora.

Parece necessário criar situações riquíssimas de brincar, imaginar, experimentar e inquietar-se colocando em suspensão ou em xeque algumas práticas, organizações culturais, econômicas e políticas que são reveladas, legitimadas para as crianças pequenas. A padronização de práticas pedagógicas no interior dos espaços educativos a partir das convenções sociais estabelecidas deve servir de reflexão e novos encaminhamentos que mobilize nas crianças e principalmente nos adultos processos imaginativos criadores. Vale começar!!!



Profª.  Lilian Cristina de Souza
Páscoa... É ser capaz de mudar, É partilhar a vida na esperança, É lutar para vencer toda sorte de sofrimento, É ajudar mais gente a ser gente, É viver em constante libertação, É crer na vida que vence a morte, É dizer sim ao amor e a vida, É investir na fraternidade, É lutar por um mundo melhor, É vivenciar a solidariedade, É renascimento, é recomeço, É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós, Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmo mais um pouquinho. É vermos que hoje...somos melhores do que fomos ontem. Desejo a todos os meus amigos (as) uma Feliz Páscoa, cheia de Paz, Amor e Saúde. 

Abraços, Jennifer.

Rotinas na Educação Infantil!



CONCEITUANDO ROTINAS:

A rotina é uma forma de organização do cotidiano. Ao formular uma rotina deve-se dar uma ampla margem de movimento, que segundo a autora Maria Carmen Barbosa (2006)serve para dar lugar ao novo, ao inesperado. Assim a rotina deve ser utilizada de maneira flexível.
            A organização das rotinas pelos profissionais da educação infantil serve como suporte para conhecer asua prática docente, ou seja, como o educador estabelece a rotina demonstra qual é a sua concepção sobre esse conceito e qual é a proposta que o mesmo acredita. Segundo Barbosa (2006, p. 35) sobre as rotinas:
“É possível afirmar que elas sintetizam o projeto pedagógico das instituições e apresentam a proposta de ação educativa dos profissionais.”
            Atualmente há poucos estudos e pesquisar a cerca do trabalho sobre rotinas, que requer ainda mais dos profissionais da educação um pleno entendimento sobre o assunto. Se o educador não tiver uma base sobre como trabalhar as rotinas ele poderá trabalhar a partir de rotinas chamadas:
“[...] tecnologia de alienação quando não consideram o ritmo, a participação, a relação com o mundo, a realização, a fruição, a liberdade, a consciência, a imaginação e as diversas formas de sociabilidade dos sujeitos nela envolvidos.”(BARBOSA, 2006, p39).
Desta forma o educador não proporcionará para as crianças o inesperado/o novo, proposto ao se pensarás rotinas como organizador do cotidiano, sendo este cotidiano o nosso dia-a-dia, as nossas vivências.
A rotina deve ser constituída com a ajuda das crianças. A professora deve levar uma proposta de trabalho para o dia, porém ela é discutida com as crianças, mudando assim o que for necessário e, ao final do planejamento são incluídas as demais atividades propostas pelas mesmas – suas contribuições. Cabe ressaltar aqui que o educador deve priorizar o tempo visando à construção de conhecimentos entre o grupo, ou seja, a rotina não tem objetivo de ser seguida rigidamente, pois ela é um instrumento de organização flexível.  “As rotinas em educação infantil não situam, nem definem, um contexto de necessidades e imposição (“há que fazer assim, e nesta ordem, obrigatoriamente”), não são elementos bloqueadores porque o são de estruturação” (ZABALZA, 1987, p 172).
            Sem uma organização do cotidiano o educador abrirá margens para o tempo passar e nada de significativo será proposto para as crianças. Essa é a função da rotina: organizar o cotidiano para se priorizar o tempo significativo dando sentido as aprendizagens de cada educando, e não deixa-lo as margens do vago.“Ao planejar, a criança está desenvolvendo atividades, tais como ouvir, falar, prever, sequenciar, resolver problemas, dar ideias, expor pensamentos e tomar decisões”. (ZABALZA, 1998, p.188).

Referências:

        Barbosa, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação     infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre : ArtMed, 1998. 288p, il. (Biblioteca Artmed. Educação infantil). Tradução de: Calidad en la educacion infantil.

Dicas de leitura:

Bom estudos!!!
Janaína, Jéssica T., Jennifer, Patrícia e Talita.