Palavras são um brinquedo que não fica velho. Quanto mais as crianças usam palavras, mais elas se renovam. José Paulo Paes
Ao ouvir e ler poesias podemos entrar em um mundo fantástico que estimula a imaginação e criatividade. Então, vamos lá! A arte fertiliza a imaginação das crianças.
Que tal começar a aproximar as crianças do gênero poesia com autores como Elias Sérgio, José Paulo Paes e Sérgio Capparelli.
Vejam algumas de suas obras:
Caixa mágica de surpresa
Elias José
Um livro
é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.
Um livro
parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.
Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe
Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.
Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.
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Tem Tudo a Ver
Elias José
A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.
A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.
A poesia
— é só abrir os olhos e ver —
tem tudo a ver
com tudo.
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A casa e o seu Dono
Elias José
Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.
Essa casa tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento
Quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de telha
Quem mora nela é a abelha.
Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata.
Essa casa é elegante
Quem mora nela é o elefante.
E descobri de repente
Que não falei em casa de gente.
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Convite
José Paulo Paes
Poesia é
brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio,pião.
Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
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Cadê
José Paulo Paes
Nossa! Que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Dentro do bolso.
Cadê o bolso?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda-roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado a chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem?
Está dormindo
de luz apagada.
Nossa! Que escuro!
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Minha Sombra
Sérgio Capparelli
Minha sombra
Me assombra.
Eu dou um pulo
E ela pára no ar.
Eu subo em árvore,
Ela desce escada.
Eu ando a cavalo,
Ela segue a pé.
Eu vou à festa!
Oba, vou nessa.
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Minha Cama
Sérgio Capparelli
Um hipopótamo na banheira
molha sempre a casa inteira.
A água cai e se espalha
molha o chão e a toalha.
E o hipopótamo: nem ligo
estou lavando o umbigo.
E lava e nunca sossega,
esfrega, esfrega, esfrega
a orelha, o peito, o nariz
as costas das mãos, e diz:
Agora vou dormir na lama
pois é lá a minha cama!
Acadêmicos: Jessica Carina Rinkus, Letícia Redmerski e Marlene Zilz.