sexta-feira, 18 de maio de 2012

Plano Nacional do Livro e Leitura

Plano Nacional do Livro e Leitura – Acordado em abril de 2012.

Ministério da Cultura investirá R$ 373 milhões para aumentar índices de leitura
Para 2012, o foco são os programas de construção e modernização de bibliotecas, que estão no topo da lista de recebimento de recursos públicos.O Ministério empregará R$ 254 milhões em ações como a implantação de bibliotecas com telecentros nas Praças dos Esportes e da Cultura/PEC; em bibliotecas do Espaço Mais cultura; na construção e reforma de bibliotecas-parque e de bibliotecas de referência. Haverá ainda apoio às bibliotecas comunitárias e pontos de leitura, e à implantação, revitalização e modernização de bibliotecas municipais.
Também haverá investimentos na ampliação dos acervos e na formação de bibliotecários e funcionários de 2.700 bibliotecas municipais e comunitárias de 1.500 municípios em todos os estados.
Outra medida anunciada foi a ampliação do calendário nacional de feiras de livro e festivais literários para 200 eventos em 2012, a maior parte deles com apoio financeiro do MinC, e apoio direto a 175 caravanas de escritores pelo País.
Ao mesmo tempo, será duplicado o número de agentes de leitura para atuar junto às famílias de baixa renda.
Entre as novidades anunciadas está a publicação de editais específicos para contemplar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os índices de leitura são mais baixos. Outra inovação é a contemplação, em um desses editais, do chamado Custo Amazônico, que prevê a transferência de 30% a mais de recursos para os estados da Amazônia Legal. Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que esmiuçou os objetivos do PNLL ao lado da Ministra Ana de Hollanda, “não será uma ação isolada que fará aumentar os índices de leitura no Brasil, mas sim um conjunto delas, de forma planejada, permanente e, sobretudo, crescente”.

Outros projetos anunciados:
  • Ampliação do Programa Agentes de Leitura, com criação de 4 mil agentes, junto com o Ministério da Educação, para apoiar as bibliotecas escolares/comunitárias e a fomentar a leitura entre as famílias no campo. Com os novos convênios e desembolsos, serão, no total, 7.672 agentes atuando em 2012;
  • Formação de 1.200 novos agentes mediadores de leitura em 40 encontros realizados pelos 74 comitês do Proler e, ainda, a implantação de 10 novos comitês em regiões ainda desassistidas;
  • Projeto Cidadania & Leitura, com a formação de 400 agentes mediadores de leitura para atuar em bibliotecas comunitárias, pontos de leitura e promover em ações de leitura em comunidades atendidas por 20 comitês do Proler, dentro das comemorações de seus 20 anos de fundação;
  • Programa de Formação de Pessoal para Bibliotecas, com cursos presenciais e/ou à distância que vão atender 2.800 bibliotecários e gestores. Outros 1.100 profissionais participarão, em 2012, dos cursos, seminários, encontros e painéis para oferecer maior qualificação na área;
  • Implantação de 30 pontos de leitura da Ancestralidade Africana em ex-quilombos e terreiros, mediante repasse de recursos financeiros e distribuição de acervos, mobiliários e computadores;
  • Apoio à implantação de Planos Estaduais e Municipais de Livro e Leitura;
  • Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Criação Literária e Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Circulação Literária, totalizando 50 bolsas para apoiar a criação literária e a circulação dos escritores das diversas regiões do país pelo território nacional;
  • Projeto Livraria Popular, com a criação de 700 pontos de venda de livros de baixo preço e formação de 1.300 micros e pequenos varejistas do livro em cursos de educação à distância;
  • Programa de Internacionalização do Livro e da Literatura Brasileira, com ampliação do número de bolsas concedidas (150 novas em 2012, além de outras 70 em andamento), implantação, em 2012, do Colégio de Tradutores (seis residentes e 160 participantes de atividades), do intercâmbio de 40 autores nacionais no exterior para divulgar suas obras e publicação de revista internacional de literatura brasileira em inglês e espanhol;
  • Ampliação da participação nas principais feiras de livros internacionais, para aumentar a presença da literatura brasileira no exterior, inclusive com realização de grandes exposições;
  • Lançamento de coleção com 100 Clássicos Brasileiros no formato ebook, para disponibilização para as bibliotecas digitais;
A Ministra Ana de Hollanda salientou que “a leitura não é um ato reflexo, aprendida naturalmente. É o resultado de uma sofisticada operação, aprendida ao longo de anos, e que, por isso mesmo, precisa ser cultivada cuidadosamente, para além dos muros da escola”.
“Para tal, precisamos de uma boa e vasta literatura, de uma competente e ampla rede editorial e de divulgação. Necessitamos de um exército de mediadores de leitura, que dentro das bibliotecas e nos mais variados espaços ajudem sobretudo crianças e jovens a descobrirem a necessidade humana do prazer da leitura”, destacou a Ministra.
Amigos, já estamos em meados de maio e pouco vemos destas propostas. Precisamos estar atentas, pois a concretização das mesmas é motivo de alegria, pois representam um grande passo para a Educação Brasileira visto que o caminho da leitura abre as principais portas que indicam para a eficiência do conhecimento. Sobretudo se as  habilidades literárias tiverem direcionamentos adequados desde a primeira infância, quando percebemos que as crianças carecem tanto das possibilidades de expressão e linguagens que o livro proporcina.

Acadêmicas: Adriane August, Jessica C. Rinkus, Leticia, Marlene e Zeneide

(Fotos: Bruno Spada, Ascom/MinC)
Acesse o documento do PNLL Ascom/Minc e FBN)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Que tal uma história e um pouco de poesia

 Que tal uma história e um pouco de poesia para encantar pequenos e grandes leitores!

A Colcha de Retalhos
Vamos conhecer a convivência de Felipe com sua avó. Uma avó que conta histórias, faz coisas gostosas... Aquela vovó que todo mundo gostaria de ter uma.
Recortando retalhos para fazer uma colcha, os personagens vão reunindo e costurando lembranças.
Entre recordações engraçadas, tristes, alegres Felipe descobre o sentido da saudade.


Como Começa
Será que o mundo começou num dia 1º de janeiro?
E o mar, começa ou acaba na areia?
Instigando a curiosidade e a reflexão, os versos deste livro propõem indagações simples, mas repletas de mistério, como as questões que todas as crianças costumam fazer.


É um livro
Com a invenção dos e-books, surgem inúmeras dúvidas a respeito do futuro do livro.
Muitos aproveitam essa onda para reafirmar seu amor às letras impressas em papel, e dizem que o livro é uma espécie de deus grego: não morre nunca. Sem enveredar pelas malhas da vidência, mas deixando claro que um livro é um livro e isso basta, Lane Smith criou uma história ilustrada, tanto para crianças quanto para adultos, sobre o nosso velho e bom - e amado - livro. Aquele que, ao contrário dos produtos eletrônicos, não apita, não interage, não conecta nem retwitta. Mas que, só pela emoção da narrativa e das imagens, prende a atenção (e ainda rouba o coração) de qualquer um.

Mais respeito, eu sou criança
Uma  reunião de poeminhas que Pedro gostaria de ter escrito quando tinha oito anos, por aí. Estes versos são uma espécie de desforra de tudo o que ele queria palpitar na infância e que os adultos não deixavam falar ou não quiseram ouvir. Ele explica: “todo mundo diz que as crianças devem respeitar os adultos. E os adultos? Não têm de respeitar as crianças? Este é um assunto sério mesmo... E, toda vez que um assunto é sério mesmo, o jeito é pensar nele através da poesia. Por meio dela, a gente consegue dizer melhor o que sente, A poesia é uma maneira gostosa de tirar o retrato dos nossos sentimentos. Por isso, com essa estranha câmera fotográfica nas mãos escrevi este livro para você, lembrando-me do tempo em que eu só ouvia: “Cala a boca, menino”!", "Pare quieto, menino!". E coisas do tipo... " (BANDEIRA,2012)

                                                                                                               Mais  respeito, eu sou criança!
Prestem atenção no que eu digo,
pois eu não falo por mal:
os adultos que me perdoem,
mas ser criança é legal!

Vocês já esqueceram, eu sei.

Por isso ou vou lhes lembrar:
pra que ver por cima do muro,
se é mais gostoso escalar?
Pra que perder tempo engordando,
se é mais gostoso brincar?
Pra que fazer cara tão séria,
se é mais gostoso sonhar?

Se vocês olham pra gente,
é chão que vêem por trás.
Pra nós, atrás de vocês,
Há o céu, há muito, muito mais!

Quando julgarem o que eu faço,
olhem seus próprios narizes:
lá no seu tempo de infância,
será que não foram felizes?

Mas se tudo o que fizeram
já fugiu de sua lembrança,
        fiquem sabendo o que eu quero:
               mais respeito, eu sou criança!


                                                                                                                                                                                                                                                  
Boa leitura a todos
Grande abraço
Zeneide de Lima


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domingo, 6 de maio de 2012

Vivenciando uma rotina diferenciada...

Relato de Experiência

     Barbosa (2006), afirma que “a importância das rotinas na Educação Infantil provém da possibilidade de constituir uma visão própria como concretização paradigmática de uma concepção de educação e de cuidado. É possível afirmar que elas sistematizam o projeto pedagógico das instituições e apresentam a proposta de ação educativa dos profissionais.” (2006, p. 35)

       A autora esclarece que, a forma como se organizam as rotinas nos espaços de Educação Infantil revelam a organização da instituição, o trabalho de seus profissionais, as concepções sobre educação e cuidado, e a importância dada a cada uma. Pode-se conhecer o projeto educativo, o que a instituição busca, defende, analisando a rotina estabelecida naquele espaço.

       A autora também cita que a rotina de trabalho, que por vezes são normas, podem ter autoria do sistema de ensino, dos diretores, coordenadores, professores, e que em certos espaços as crianças são convidadas a participar da elaboração das rotinas.

       Neste sentido, relatamos aqui uma experiência do Estágio em Educação Infantil, realizada no Centro de Educação Infantil Municipal Rosa Borck em Pomerode/SC. O currículo desta instituição é sustentado na proposta High Scope e nos Documentos Oficiais do MEC.

       Nosso objetivo naquele espaço era vivenciar e compreender a proposta e os direcionamentos da mesma a partir da rotina diária da instituição (crianças e adultos), com foco uma turma de crianças de 5 anos. Através de observações e interações com as crianças e os adultos procuramos nos envolver com a proposta e compreender a atuação do adulto e da criança em uma rotina heterogênea, formada por diferentes tempos e espaços.

      A criança era protagonista e exercia função ativa no espaço da Instituição de Educação Infantil. Era compreendida como sujeito ativo e de direitos, assim seus interesses, escolhas, direitos eram valorizados, sendo estes o foco para a organização do contexto educativo.

      Para exemplificar a organização da rotina: a professora ao encontrar as crianças, já tinha seu planejamento estruturado, tinha sugestões de como aquele dia seria organizado. Na roda de conversa diária a professora dialogava com as crianças que atividades planejou e em que espaços, e as crianças davam outras sugestões de brincadeiras, atividades, espaços para acrescentar a rotina do dia. Para que a atividade, brincadeira, ou ida a determinado espaço pudesse acontecer era realizada uma votação para verificar se a maioria concordava.

       
       
        A criança assim, participava diretamente da construção do seu dia, que ficava registrada no quadro. Tinha suas idéias valorizadas, não ignoradas pela professora em nome de um planejamento fixo, de uma rotina sufocante. Para que essa rotina flexível acontecesse a Instituição organizava-se em diferentes espaços. São eles: Área de banho/Área da natureza/Área de Blocos/ Goiabeira/Área Coberta/Área da Areia/Área do Parque/Sala de Música, e a sala dividida em cantos fixos e móveis: como canto da casinha, dos jogos e do computador.

Quadro para registro da utilização das diferentes áreas:

Alguns espaços:
                                Cantinho da Casinha na sala                         Área da Areia

                                                Área de Blocos                     Área de Banho
      
       Em muitos momentos que presenciamos, as crianças estavam envolvidas em determinada atividade e se aproximava a hora do lanche, a professora, percebendo o envolvimento da turma, combinava de lanchar mais tarde. Claro que para que essa organização fosse possível o foco de todo trabalho desenvolvido na instituição seja a criança, e não o adulto como estamos acostumados.
       No decorrer deste estágio percebemos que os momentos oportunizados, em diferentes tempos e espaços, com foco nas diversas linguagens, com uma rotina flexível permitiam a elas aprendizagens e vivências singulares. O contato com esta realidade diferenciada foi uma excelente oportunidade de aprendizagem, à medida que nos aproximou de práticas que respeitam as crianças e suas infâncias.

Referências:

Barbosa, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Acadêmicas: Janaína Nass, Jéssica Trainotti, Jennifer Caroline Berté Custódio, Patrícia Mendes, Talita Bahr.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Plano Nacional do Livro e Leitura – Acordado em abril de 2012.

MinC investirá R$ 373 milhões para aumentar índices de leitura
Para 2012, o foco são os programas de construção e modernização de bibliotecas, que estão no topo da lista de recebimento de recursos públicos.
O Ministério empregará R$ 254 milhões em ações como a implantação de bibliotecas com telecentros nas Praças dos Esportes e da Cultura/PEC; em bibliotecas do Espaço Mais cultura; na construção e reforma de bibliotecas-parque e de bibliotecas de referência. Haverá ainda apoio às bibliotecas comunitárias e pontos de leitura, e à implantação, revitalização e modernização de bibliotecas municipais.
Também haverá investimentos na ampliação dos acervos e na formação de bibliotecários e funcionários de 2.700 bibliotecas municipais e comunitárias de 1.500 municípios em todos os estados.
Outra medida anunciada foi a ampliação do calendário nacional de feiras de livro e festivais literários para 200 eventos em 2012, a maior parte deles com apoio financeiro do MinC, e apoio direto a 175 caravanas de escritores pelo País.
Ao mesmo tempo, será duplicado o número de agentes de leitura para atuar junto às famílias de baixa renda.
Entre as novidades anunciadas está a publicação de editais específicos para contemplar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os índices de leitura são mais baixos. Outra inovação é a contemplação, em um desses editais, do chamado Custo Amazônico, que prevê a transferência de 30% a mais de recursos para os estados da Amazônia Legal. Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que esmiuçou os objetivos do PNLL ao lado da Ministra Ana de Hollanda, “não será uma ação isolada que fará aumentar os índices de leitura no Brasil, mas sim um conjunto delas, de forma planejada, permanente e, sobretudo, crescente”.



Outros projetos anunciados:
  • Ampliação do Programa Agentes de Leitura, com criação de 4 mil agentes, junto com o Ministério da Educação, para apoiar as bibliotecas escolares/comunitárias e a fomentar a leitura entre as famílias no campo. Com os novos convênios e desembolsos, serão, no total, 7.672 agentes atuando em 2012;
  • Formação de 1.200 novos agentes mediadores de leitura em 40 encontros realizados pelos 74 comitês do Proler e, ainda, a implantação de 10 novos comitês em regiões ainda desassistidas;
  • Projeto Cidadania & Leitura, com a formação de 400 agentes mediadores de leitura para atuar em bibliotecas comunitárias, pontos de leitura e promover em ações de leitura em comunidades atendidas por 20 comitês do Proler, dentro das comemorações de seus 20 anos de fundação;
  • Programa de Formação de Pessoal para Bibliotecas, com cursos presenciais e/ou à distância que vão atender 2.800 bibliotecários e gestores. Outros 1.100 profissionais participarão, em 2012, dos cursos, seminários, encontros e painéis para oferecer maior qualificação na área;
  • Implantação de 30 pontos de leitura da Ancestralidade Africana em ex-quilombos e terreiros, mediante repasse de recursos financeiros e distribuição de acervos, mobiliários e computadores;
  • Apoio à implantação de Planos Estaduais e Municipais de Livro e Leitura;
  • Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Criação Literária e Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Circulação Literária, totalizando 50 bolsas para apoiar a criação literária e a circulação dos escritores das diversas regiões do país pelo território nacional;
  • Projeto Livraria Popular, com a criação de 700 pontos de venda de livros de baixo preço e formação de 1.300 micros e pequenos varejistas do livro em cursos de educação à distância;
  • Programa de Internacionalização do Livro e da Literatura Brasileira, com ampliação do número de bolsas concedidas (150 novas em 2012, além de outras 70 em andamento), implantação, em 2012, do Colégio de Tradutores (seis residentes e 160 participantes de atividades), do intercâmbio de 40 autores nacionais no exterior para divulgar suas obras e publicação de revista internacional de literatura brasileira em inglês e espanhol;
  • Ampliação da participação nas principais feiras de livros internacionais, para aumentar a presença da literatura brasileira no exterior, inclusive com realização de grandes exposições;
  • Lançamento de coleção com 100 Clássicos Brasileiros no formato ebook, para disponibilização para as bibliotecas digitais;
A Ministra Ana de Hollanda salientou que “a leitura não é um ato reflexo, aprendida naturalmente. É o resultado de uma sofisticada operação, aprendida ao longo de anos, e que, por isso mesmo, precisa ser cultivada cuidadosamente, para além dos muros da escola”.
“Para tal, precisamos de uma boa e vasta literatura, de uma competente e ampla rede editorial e de divulgação. Necessitamos de um exército de mediadores de leitura, que dentro das bibliotecas e nos mais variados espaços ajudem sobretudo crianças e jovens a descobrirem a necessidade humana do prazer da leitura”, destacou a Ministra.


(Fotos: Bruno Spada, Ascom/MinC)
Acesse o documento do PNLL Ascom/Minc e FBN)

Plano Nacional do Livro e Leitura – Acordado em abril de 2012.

MinC investirá R$ 373 milhões para aumentar índices de leitura









EIXOS ESTRATÉGICOS
VALOR (EM R$)
1 – Democratização do Acesso
254.627.554,16
2 – Fomento à Leitura e a Formação de Mediadores
56.165.936,11
3 – Valorização Institucional da Leitura
8.000.000,00
4 – Fomento à Cadeia Criativa e à Cadeia Produtiva
54.907.059,00
TOTAL GERAL
373.700.549,27






Para 2012, o foco são os programas de construção e modernização de bibliotecas, que estão no topo da lista de recebimento de recursos públicos.
O Ministério empregará R$ 254 milhões em ações como a implantação de bibliotecas com telecentros nas Praças dos Esportes e da Cultura/PEC; em bibliotecas do Espaço Mais cultura; na construção e reforma de bibliotecas-parque e de bibliotecas de referência. Haverá ainda apoio às bibliotecas comunitárias e pontos de leitura, e à implantação, revitalização e modernização de bibliotecas municipais.
Também haverá investimentos na ampliação dos acervos e na formação de bibliotecários e funcionários de 2.700 bibliotecas municipais e comunitárias de 1.500 municípios em todos os estados.
Outra medida anunciada foi a ampliação do calendário nacional de feiras de livro e festivais literários para 200 eventos em 2012, a maior parte deles com apoio financeiro do MinC, e apoio direto a 175 caravanas de escritores pelo País.
Ao mesmo tempo, será duplicado o número de agentes de leitura para atuar junto às famílias de baixa renda.
Entre as novidades anunciadas está a publicação de editais específicos para contemplar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os índices de leitura são mais baixos. Outra inovação é a contemplação, em um desses editais, do chamado Custo Amazônico, que prevê a transferência de 30% a mais de recursos para os estados da Amazônia Legal. Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que esmiuçou os objetivos do PNLL


ao lado da Ministra Ana de Hollanda, “não será uma ação isolada que fará aumentar os índices de leitura no Brasil, mas sim um conjunto delas, de forma planejada, permanente e, sobretudo, crescente”.

Outros projetos anunciados:
·         Ampliação do Programa Agentes de Leitura, com criação de 4 mil agentes, junto com o Ministério da Educação, para apoiar as bibliotecas escolares/comunitárias e a fomentar a leitura entre as famílias no campo. Com os novos convênios e desembolsos, serão, no total, 7.672 agentes atuando em 2012;
·         Formação de 1.200 novos agentes mediadores de leitura em 40 encontros realizados pelos 74 comitês do Proler e, ainda, a implantação de 10 novos comitês em regiões ainda desassistidas;
·         Projeto Cidadania & Leitura, com a formação de 400 agentes mediadores de leitura para atuar em bibliotecas comunitárias, pontos de leitura e promover em ações de leitura em comunidades atendidas por 20 comitês do Proler, dentro das comemorações de seus 20 anos de fundação;
·         Programa de Formação de Pessoal para Bibliotecas, com cursos presenciais e/ou à distância que vão atender 2.800 bibliotecários e gestores. Outros 1.100 profissionais participarão, em 2012, dos cursos, seminários, encontros e painéis para oferecer maior qualificação na área;
·         Implantação de 30 pontos de leitura da Ancestralidade Africana em ex-quilombos e terreiros, mediante repasse de recursos financeiros e distribuição de acervos, mobiliários e computadores;
·         Apoio à implantação de Planos Estaduais e Municipais de Livro e Leitura;
·         Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Criação Literária e Bolsa Biblioteca Nacional/Funarte de Circulação Literária, totalizando 50 bolsas para apoiar a criação literária e a circulação dos escritores das diversas regiões do país pelo território nacional;
·         Projeto Livraria Popular, com a criação de 700 pontos de venda de livros de baixo preço e formação de 1.300 micros e pequenos varejistas do livro em cursos de educação à distância;
·         Programa de Internacionalização do Livro e da Literatura Brasileira, com ampliação do número de bolsas concedidas (150 novas em 2012, além de outras 70 em andamento), implantação, em 2012, do Colégio de Tradutores (seis residentes e 160 participantes de atividades), do intercâmbio de 40 autores nacionais no exterior para divulgar suas obras e publicação de revista internacional de literatura brasileira em inglês e espanhol;
·         Ampliação da participação nas principais feiras de livros internacionais, para aumentar a presença da literatura brasileira no exterior, inclusive com realização de grandes exposições;
·         Lançamento de coleção com 100 Clássicos Brasileiros no formato ebook, para disponibilização para as bibliotecas digitais;


A Ministra Ana de Hollanda salientou que “a leitura não é um ato reflexo, aprendida naturalmente. É o resultado de uma sofisticada operação, aprendida ao longo de anos, e que, por isso mesmo, precisa ser cultivada cuidadosamente, para além dos muros da escola”.
“Para tal, precisamos de uma boa e vasta literatura, de uma competente e ampla rede editorial e de divulgação. Necessitamos de um exército de mediadores de leitura, que dentro das bibliotecas e nos mais variados espaços ajudem sobretudo crianças e jovens a descobrirem a necessidade humana do prazer da leitura”, destacou a Ministra.

(Fotos: Bruno Spada, Ascom/MinC)
Acesse o documento do PNLL Ascom/Minc e FBN)

PROJETO BONECO LEITOR

PROJETO BONECO LEITOR

Sugestão de Projeto Pedagógico com o “Boneco Leitor” estimula e curiosidade dos alunos pela leitura e também trabalha temas como o respeito ao próximo.
O Projeto “Boneco Leitor” pode ser uma atividade pedagógica interdisciplinar de estímulo à leitura.


Detalhes dos cinco momentos propostos:
·         Elaborar uma circular às famílias dos alunos solicitando a colaboração dos pais para encaminhar tecidos e manta acrílica, que serão usados na confecção do boneco, o mais novo amigo da turma.
·         Realizar uma votação com a turma para a escolha do nome do boneco e da cor dos cabelos. Por votação. Finalizadas as votações em folha de papel pardo desenvolver com os educandos um gráfico de colunas e deixar exposto na sala de aula, contando os 5 nomes mais votados e as cores de cabelos mais votados.
·         Após a definição do nome e do cabelo, usando os tecidos que trouxeram e outros acessórios que desejarem colocar, o boneco poderá ser confeccionado na escola diante dos alunos, ou que visitem a costureira em sua casa para conversarem sobre como imaginaram o novo amigo.
·         Criar com os alunos um espaço para deixar o boneco, as roupas e acessórios que trouxerem para trocar às vezes. O boneco deverá ter uma mochila com roupas, livros e o diário de registros, onde cada criança registrará como foi o seu dia com o amigo através de texto, desenhos ou fotografias.
·         Um dia por semana um aluno é sorteado para levar o boneco para sua casa juntamente com um livro de histórias e terá a missão de ouvir a história contada pelos pais junto com o amigo, ou fazer em sua companhia a leitura do livro (interessante que esta parte dos combinados seja realizada no espaço da biblioteca).

Sugestões para avaliação: o aluno deverá ser avaliado a todo o momento, por meio da participação, interesse, argumentações e apresentação dos trabalhos solicitados (produções e desenhos). Nesse processo de avaliação do Projeto Pedagógico é fundamental que sejam consideradas as ações procedimentais, e de atitude de cada aluno.


                                                                 Autora: Regina Mora de Oliveira, psicóloga e pedagoga, especialista em educação infantil com adaptações do grupo.
Integrantes: Adriane August, Jessica C. Rinkus, Leticia, Marlene e Zeneide