domingo, 17 de junho de 2012

Organização dos Espaços na Educação Infantil


O espaço, na educação infantil, pode ser organizado de diferentes formas, pode ter uma organização mais tradicional com os armários encostados nas paredes, as mesas das crianças distribuídas uma atrás da outra, em forma geométrica em duplas, em grupos. A sala pode ser organizada em forma de cantos, aonde cada canto representa simbolicamente um local diferente, por exemplo: o canto da casinha, o das artes plásticas, o da leitura. Quando se tem disponível um espaço físico amplo e poucas crianças, pode se utilizar mais de uma sala por turma (o que , na nossa realidade raramente irá acontecer). Podem existir também salas por áreas de conhecimento, como: sala de ciências biológicas ou laboratório, sala de artes, de música, de dança, biblioteca, brinquedoteca. Ainda pode haver a mistura de um ou mais destes tipos diferentes de organização.
 As possibilidades são infinitas, e a forma com um espaço físico é organizado, reflete muito mais que a distribuição de forma harmoniosa do mobiliário, dos materiais e brinquedos, ela demonstra a proposta pedagógica que a instituição possui.
Essa organização faz parte do planejamento do professor, quando ele dispõem o mobiliário, decide ande cada objeto vai ficar, o que vai estar ao alcance das crianças, ele planeja conforme a proposta da instituição para que aquele espaço contribua com o desenvolvimento da criança, seja um ambiente atrativo e acolhedor. Conforme Zabalza(1998):
“Na educação Infantil, a forma de organização do espaço e a dinâmica que for gerada da relação entre os seus diversos componentes irão definir o cenário das aprendizagens.” (p.237)

Portanto para que a criança aprenda, o espaço é fundamental, não só o espaço físico, mas os ambientes formados neste espaço físico, a forma como o mesmo é utilizado. Podemos ter um espaço físico excelente, mas não termos um ambiente que proporcione aprendizagens significativas, como também podemos ter um espaço físico relativamente pequeno, mas com ambientes de extremo significado para a aprendizagens das crianças.
Falamos um pouco das diferentes formas de organização dos espaços, e da importância que o espaço pode ter na aprendizagem das crianças, agora vamos nos deter mais a organização dos espaços na abordagem High Scope, essa organização acontece  em  áreas e cantos.
 Nessa organização espaços, da sala, bem como espaços internos e externos, são organizados em áreas, que podem ser: área da casa, área de blocos, área das expressões plásticas, entre outras. Segundo Zabalza (1998) essa organização:
“...permite que a criança tenha uma vivência plural da realidade e a construção da experiência dessa pluralidade... a criança que se aproxima da área da casa sente-se imersa na vida familiar... A outra criança que vai para o canto das construções fica imersa na realidade através de papeis: de carpinteiro ou de construtor civil.” (p.155)

Assim esse cenário, dos espaços organizados em áreas e cantos, permite que os ambientes ali construídos enriqueçam a aprendizagem das crianças e tornem essa aprendizagens significativas.





                                                                                                                  
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
GASPAR. Secretaria de Educação. Revista Infância. Ano I- Número 1, Fevereiro 2012.
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed,1998.

Imagens
Centro de Educação Infantil Municipal Rosa Borck. Pomerode- SC. 2011.

Equipe:  Daiana, Larissa, Mayara, Mirian e Sirlei. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jogo com material alternativo - Diabolo

Breve História do Diabolo

Este jogo de malabar foi inventado na China durante a dinastía Têm (206 a. C.-220), ainda que afirma-se que já existia na dinastía Chang (1766-1112 a. C.), o que suporia quase 4.000 anos de história. Batizado como Kouen-gene, que significa "fazer assobiar o tronco oco de bambú", o diábolo chegou à Europa pelas mãos dos missionários jesuítas no  fim do século XVII. Diabolos evoluíram do ioiô chinês. Os Ioiôs chineses têm um eixo magro e longo, com as laterais em forma de disco, enquanto o diabolo ocidental é mais coniforme.
Tanto foi seu sucesso na Inglaterra e França que, a partir de 1810, se criaram clubes e competições entre a alta sociedade. Em 1906, o francês Gustave Philippart desenhou um diabolo de metal e caucho. O "brinquedo" foi trazido a Europa pelos franceses e pelos expedicionários. Na Inglaterra deram-lhe o nome de "DIABALLO" (o qual se converteu em Diabolo como o sabemos) que vem do Grego antigo: tiro do "diâmetro" e "ballo" - que significa “lançar através”.
Sua prática diminuiu após a Primeira Guerra Mundial, mas a partir dos anos 80 começou uma "etapa dourada" com o aparecimento de novos materiais e coloridos desenhos que o voltaram a fazer popular. A partir dessa época, começaram a surgir novos materiais que permitam truques novos e inclusive diabolos de fogo.


IoIô Chinês



       Diabolo



Construindo o Diabolo com material alternativo

Recursos:    2 funis (tamanho médio);
2 pedaços de madeira (cabo de vassoura mais fino);
Barbante;
Fita tipo crepe;
2 funis (tamanho médio) e
2 pedaços de madeira (cabo de vassoura mais fino).

Modo de Construção

Pegar os funis e cortar um pedaço de cada “bico”.
Pegar o outro funil e encaixar seu bico dentro do outro funil.
Pegar a fita tipo crepe e reforçar o encaixe de um bico com outro.
Pegar o barbante e amarrar suas pontas em cada um dos dois pedaços de madeira.

Manobras Fundamentais

• Toss - o primeiro truque que todo mundo aprende é jogar o diabolo para cima e pegar.
• Trapeze (A.K.A Stopover) – o diabolo é balançado em volta das baquetas e travado na cordinha.
• Backside – pegando o diabolo usando o “fundo” da cordinha.
• Suicide (soltar baqueta) – soltar a baqueta temporariamente e pegar novamente.
• Grind – deslizar o diabolo sobre as baquetas.
• Sun – o diabolo e lançado fazendo um grande circulo.
• Cradle (berço) – a cordinha e enrolada fazendo um desenho e o próprio diabolo e lançado para fora ou no desenho.
• Orbit (órbita) – o diabolo é lançado e pego repetidamente fazendo uma volta.
• Over Orbits (também conhecido como Satellites) – orbits avançados que passam por algumas partes do corpo. Braços e pernas são considerados as mais fáceis.
• Knot (no) – a cordinha e enrolada dando a ilusão que o diabolo esta preso. Pode ser usado também na saída de alguma manobra.
• Elevator (elevador) – o diabolo “escala” a cordinha, isso e feito enrolando a cordinha no eixo e apertando.


Acadêmicas: Adriane Carlini;
                    Daiane Naumann;
                    Deise Floriano;
                    Ermelinda Campestrini e
                    Karina Lira Steffan

domingo, 3 de junho de 2012

As mudanças das brincadeiras infantis



Carrinho de rolimã
Antigamente, as brincadeiras exigiam muito mais da criatividade das crianças, podemos claramente perceber isso através da fala de nossos pais e avós. Vários fatores influenciavam e decidiam sua criatividade diante das brincadeiras, entre eles: a baixa industrialização de brinquedos, o preço elevado dessas mercadorias, grande número de crianças em uma casa só e também o nível econômico e social de cada família. Diante desses fatores, a criançada criava brincadeiras e utilizava o que encontravam pelo chão para servir como brinquedo e assim originar brincadeiras. A abstração de lugares, brinquedos e objetos fazia-se necessária devido aos fatores citado acima.

Carrinho de lata de sardinha
A confecção dos brinquedos geralmente era feita pela mãe ou pela própria criança, de acordo com sua idade. Os materiais utilizados requeriam pouco custo ou nenhum e eram utilizados retalhos de pano, galhos de árvore, restos de madeiras, botões, latas, espigas de milho, sementes, ou seja, o que a família tinha de disponível em casa. Diante destes fatores, o que mais nos chama atenção, é que a durabilidade e os cuidados da criança em relação aos brinquedos era muito maior do que observado hoje em dia. Até porque, se estragasse o brinquedo feito em casa, provavelmente outro não existiria tão breve.
Playmobil
O tempo passou e junto as brincadeiras e brinquedos tomaram um novo rumo. O que alavancou a mudança dos hábitos de brinquedos e, portanto brincadeiras foram: o crescimento da industrialização, o novo conceito de família e a entrada da mulher no mercado de trabalho.
Agora, com a disponibilidade de diversos tipos de brinquedos industrializados, tornou-se mais fácil a acessibilidade das famílias em adquirir estes produtos, até mesmo porque pesquisas apontam que as famílias do século XXI  se estruturam com o mínimo possível de filhos e o ingresso da mulher no mercado de trabalho contribui também para a renda familiar, sendo assim, comprar e ter brinquedos hoje em dia está muito mais fácil.

A industrialização trouxe dois extremos junto á ela.  A facilidade que se tornou, entre a classe média e alta, status e a padronização que é o mesmo que produção em massa tanto nas características quanto no tipo de material, plástico geralmente. Assim, as brincadeiras também sofreram com o impacto das grandes indústrias, as crianças não necessitam tanto do lúdico para desenvolverem alguma brincadeira, tudo já está pronto e tudo é igual para todos.  Devido ao crescimento do mercado e aos altos custos de vida, a mulher tornou-se também trabalhadora assalariada e agora seu tempo para produzir brinquedos, como antigamente, não há ou é raro. O mesmo ocorre com o novo conceito de família, hoje em dia ter mais que dois filhos torna-se inviável à grande maioria da população, devido aos altos custos.

Produção de brinquedos em série

Portanto, cabe também, e não só, ao professor, estimular as crianças à desenvolver suas capacidades de criar, imaginar, abstrair, reformar, inventar novas brincadeiras que utilizem  diferentes formas, objetos  e materiais. Sair do padrão dos estereótipos e criar novas regras faz parte também do caráter crítico que cada criança vem desenvolvendo ao longo de sua infância.




Dica de leitura e pesquisa: 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Palavras são um brinquedo que não fica velho. Quanto mais as crianças usam palavras, mais elas se renovam. José Paulo Paes

     Ao ouvir e ler poesias podemos entrar em um mundo fantástico que estimula a imaginação e criatividade. Então, vamos lá! A arte fertiliza a imaginação das crianças.

Que tal começar a aproximar as crianças do gênero poesia com autores como Elias Sérgio, José Paulo Paes e Sérgio Capparelli.
Vejam algumas de suas obras:



Caixa mágica de surpresa
Elias José

Um livro
é uma beleza,
é caixa mágica
só de surpresa.

Um livro
parece mudo,
Mas nele a gente
descobre tudo.

Um livro
tem asas
longas e leves
que, de repente,
levam a gente
longe, longe

Um livro
é parque de diversões
cheio de sonhos coloridos,
cheio de doces sortidos,
cheio de luzes e balões.

Um livro é uma floresta
com folhas e flores
e bichos e cores.
É mesmo uma festa,
um baú de feiticeiro,
um navio pirata do mar,
um foguete perdido no ar,
É amigo e companheiro.
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Tem Tudo a Ver
Elias José

A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.

A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.

A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
— é só abrir os olhos e ver —
tem tudo a ver
com tudo.
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A casa e o seu Dono
Elias José

Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.

Essa casa tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.

Essa casa é de cimento
Quem mora nela é o jumento.

Essa casa é de telha
Quem mora nela é a abelha.

Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata.

Essa casa é elegante
Quem mora nela é o elefante.

E descobri de repente
Que não falei em casa de gente.
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Convite
José Paulo Paes

Poesia é
 brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio,pião.

Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.

As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.

Como a água do rio
que é água sempre nova.
como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
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Cadê
José Paulo Paes

Nossa! Que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Dentro do bolso.
Cadê o bolso?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda-roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado a chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem?
Está dormindo
de luz apagada.
Nossa! Que escuro!
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Minha Sombra
Sérgio Capparelli

Minha sombra
Me assombra.

Eu dou um pulo
E ela pára no ar.

Eu subo em árvore,
Ela desce escada.

Eu ando a cavalo,
Ela segue a pé.

Eu vou à festa!
Oba, vou nessa.
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Minha Cama
Sérgio Capparelli

Um hipopótamo na banheira
molha sempre a casa inteira.

A água cai e se espalha
molha o chão e a toalha.

E o hipopótamo: nem ligo
estou lavando o umbigo.

E lava e nunca sossega,
esfrega, esfrega, esfrega

a orelha, o peito, o nariz
as costas das mãos, e diz:

Agora vou dormir na lama
pois é lá a minha cama!



Acadêmicos: Jessica Carina Rinkus, Letícia Redmerski e Marlene Zilz.